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“As Memórias do Corpo de Ofélia” é um vídeo-dança que explora as linguagens pré-coreográficas e icónicas de universos literários, de Shakespeare e Fernando Pessoa,centrando-se em movimentos funcionais da personagem Ofélia. O excerto filmado emHD, a cores, num formato de 4:3, com 4 minutos encontra-se narrativamente compostopor três níveis de representação semiótica, que se cruzam interdisciplinarmente. A imagem que antecede todas as imagens, onde constam três corpos nus, representa oprelúdio do estado inconsciente da personagem Ofélia: o corpo nu, livre de filtros, queé o arquivo de vivências e marcas instaladas de um amor não concretizado. No centroencontra-se o corpo de Ofélia, emparelhado pelo seu alter-ego, outro corpo feminino àesquerda, e à direita, o corpo masculino pelo qual Ofélia anseia. O primeiro nível da imagem em movimento apresenta a personagem Ofélia, umintérprete feminino louro, que surge em close-up, em paralelo com o personagemmasculino, que pode representar Hamlet ou Fernando Pessoa. O personagem masculinoencontra-se em posição de contemplação perto de um rio, que neste caso, contemplao rio Tejo, no Cais das Colunas, local português, onde os navios aportavam, e muitasmulheres portuguesas recebiam e despediam-se dos maridos. O personagem masculinocom figurino preto reforça o papel do presente versus futuro, onde a Ofélia irá cometersuicídio, e o personagem masculino estará preso na vivificação do que a Ofélia foi, doque podiam ter sido, e do que ele é agora, um viúvo da alma. No segundo nível da análise, são examinados fragmentos do corpo da personagemOfélia ao detalhe, sem que o total seja absorvido. São os fragmentos que encerrama história de um amor por se cumprir. São os fragmentos do corpo que recolheram aexperiência das emoções que não se cumpriram. E é no tanque meio vazio com água,um tanque semelhante a tantos outros tanques em que o corpo de Ofélia existe emmemória colectiva, que tem oportunidade de expressar as emoções de curiosidade,felicidade e apatia. E afogá-las uma última vez. Após o afogamento simbólico, a sombra de Ofélia, do seu consciente, inconsciente esubconsciente reflectem na água do tanque. Os quatro elementos reverte em recipientesde movimento coreográfico, valorizando a totalidade do corpo. É com esta experiênciaintegradora que as memórias do corpo de Ofélia interconectam, e, finalmente libertam amulher, já não adolescente, Ofélia, no mar.
Sofia Ferreira (PT) & Alexandre Tavares (PT)



As Memórias do Corpo de Ofélia
Duas Ofélias de mundos distintos procuram na memória do seu corpo a solução da história do seu amor. Hamelt não corresponde. Fernando Pessoa quer amar, mas não sabe como. Através do movimento e exploração do corpo de 4 performers, em espaços conectados com a água, na cidade de Lisboa as Ofélias vão encontrar a resolução do seu amor.
Ficha Artística e Técnica
Realizadora – Sofia Ferreira
Coreografo – Alexandre Tavares
Interpretes – Alexandre Tavares, Mónica Talina, Ricardo Barbosa e Sofia Ferreira
Camera – Hugo Costa
Edição – Alexandre Tavares e Sofia Ferreira
Produção – Isto Não Se Diz – Associação Cultural
Produtora – Mónica Talina
Co-produtores – ESTAL ( Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa)
Alexandre Tavares
Iniciou os seus estudos em 2001 no Colégio Internato dos Carvalhos, mas o seu percurso artístico iniciou em 1997, quando principiou a sua formação na Academia de Dança Ana Luísa Mendonça, com aulas de ballet, danças urbanas (New School, popping, loking, break-dance), dança jazz, moderno, dança contemporânea, entre outras. No ano de 2002 participou no Workshop “ Jazz Fusion Style” com Mário Gonçalves, nessa mesma academia.
Em 2006 entrou no Balleteatro Escola Profissional, no curso de intérprete de dança contemporânea, onde participou no projeto “UH#2”, em 2009. Realizou também alguns workshops de dança contemporânea com Kristin Lorello e outro com Ana Mira.
Entre 2007 e 2008 participou, como intérprete, em dois espetáculos de Isabel Barros, “Procissão K”, realizado na abertura do Cine-Teatro Constantino Nery, em Matosinhos na cidade do Porto, e
“Alice do Outro Lado do Espelho” apresentado no Auditório do Balleteatro e no Festival “Serralves em Festa” 2010/2011, no Porto. No ano de 2007 ingressa também na escola de formação de dança All About Dance como bailarino, onde permanece até 2010. Integrou o elenco de alguns
espetáculos desta companhia, tais como: “Sete”, “Era uma vez“ e “Tempo”, apresentados no Centro Cultura Europarque, em Santa Maria da Feira. Participou ainda em vários workshops de dança contemporânea com Eva Ramirez e com Eriça Sobol, Contemporaneo Street Dance com Rita Spider, Hiphop – New Style com Bruno Lourenço e House com Marco Ferreira.
Em 2009, quando terminou o curso de intérprete de dança no Balleteatro, é convidado por Isabel Barros para trabalhar na Assistência de Produção e Projetos no Balleteatro Escola Profissional, ao mesmo tempo que frequentava a Escola Superior Artística do Porto na licenciatura de Animação e Produção Cultural, na qual frequentou apenas o primeiro semester.
Encontra-se agora em Lisboa, em conclusão do último ano da licenciatura de Artes Performativas na ESTAL - Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, onde recebeu o prémio Bolsa de Mérito, por ser um dos três melhores alunos no percurso escolar durante a licenciatura. Integrou a produção e o elenco dos seguintes projetos da ESTAL: “ESTALeiro”, apresentado em 2012 no Centro Cultural da Malaposta e no Instituto Franco-Português, na cidade de Lisboa, e em 2013 no Teatro A Barraca, também em Lisboa; e “Entre...”, apresentado em 2013 na Comuna Teatro de Pesquisa.
No ano de 2011 é convidado para lecionar no C.E.M-Centro Em Movimento, juntamente com Joana Pupo, as aulas “Mover à Escuta”. Participando também no workshop,"Escuta Cinética, Resposta Cinestésica!” com Joana Pupo e Nádia Santos. Recentemente, participou no workshop “The Art of Slowing Down” com Edward Yu, um mestre no método de Feldenkrais e também em várias artes marciais. Coopera no elenco do Espaço Cativar, participando em espetáculos de Teatro Infantil.
Mónica Talina
Nasceu em Lisboa a 1989. Inicia a sua formação em teatro com o workshop orientado por António Terra, promovido pelo CEM (Centro Em Movimento), em 2004.
Entre 2007 e 2009 integra o TUT ( Teatro da Universidade Técnica) sob a direcção de Jorge Listopad e Júlio Martin. Em 2011 termina a licenciatura em Artes Performativas na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. Neste curso tem formação com Diogo Dória, Filipa Francisco, Margarida Mestre, Romeu Costa, Carla Galvão, Sofia Ferrão, Sylvie Rocha,Teresa Faria, Ana Mira, Nuno Lucas, entre outros. Em setembro de 2011 participa no workshop “Loucura” orientado por José Lobato. Em 2012 no workshop “Outras escritas para Teatro”, orientado por Maria Gil, Teatro do Silêncio, na masterclass com o Living Theatre Europe, orientado por Gary Brackett e frequenta o curso de improvisação d'Os Improvaveis, orientado por Marta Borges, Pedro Borges e Telmo Ramalho. Recentemente em 2013, participou no workshop Acting para TV, orientado por Thiago Justino e Interpretação e Comportamento Diante das Cameras, orientado por Nicolau Breyner.
Neste percurso participou em vários projectos como interprete, destacando:
2008 - “Os Cenci” ( teatro – encenador Jorge Listopad)
2009 - “Viver sem Razão”(curta-metragem – finalistas do Curso de Multimédia da ETIC)
2010 - Feira Medieval de Óbidos
2011 - “O Céu” (curta-metragem – finalistas do curso Realização de Cinema da Universidade Lusofona)
2011 - “Raiz” (teatro-dança – coreógrafa Raquel Faria – Festival Lusofonia no Centro Cultural Malaposta )
2012 - “Melhor não é, mas é mais seguro” - encenador Bruno Simões – Centro Cultural de Carnide Paralelamente em 2010 começa a estagiar na Materiais Diversos, onde foi assistente de produção do Festival Materiais Diversos, em 2010 e 2011, de Martim Pedroso, “Canto do Imperador”, em 2010 e de Elizabete Francisca e Teresa Silva, "Um espanto não se espera", em 2011.
Em 2012 foi a produtora executiva da peça Booky e a Barca dos Sonhos, do colectivo “Os Inadaptados”; Assistente de comunicação e produção no Festival alkantara; Produtora Executiva do Festival Materiais Diversos e Produtora do espectáculo “O Grande Salão”, de Martim Pedroso.
Ricardo Barbosa
Nasceu em 1984 na cidade do Porto. Terminou em 2003 o curso de Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo. Profissionalmente estreou-se em 2004 no espetáculo Felizmente Há Luar! de Luís de Sttau Monteiro na companhia Teatro Experimental do Porto. Participou em espetáculos encenados por Norberto Barroca, António Feio, Miguel Cabral, Miguel Rosas, Tó Maia, João Ascenso, Ana Borralho & João Galante: World of Interiors (2010/Festival Alkantara e Teatro Maria Matos) e Atlas (2011/Teatro Maria Matos); Alexandre Lyra Leite, Daniel Gorjão, Martim Pedroso: Penthesilia, dança solitária de uma heroína apaixonada (2012/São Luiz Teatro Municipal); Vicente Alves do Ó: A Guerra dos Cisnes (2012/Teatro Rápido) e Peter Pina: A Culpa (2012, 13/Teatro Turim e Teatro da Comuna).
Em televisão participou na série Um Aventura (SIC/2005), na minissérie Perdidamente Florbela (RTP1/2012) e no programa Música Maestro (RTP1/2013). No cinema participou nas curtas Gunas realizada por Miguel Santos (2009/Alfândega Filmes e ESAP); Vataça realizada por Miguel Vilhena (2012/FÓSFORO – Associação de Cultura Visual) e no filme Florbela realizado por Vicente Alves do Ó (2012/Ukbar Filmes).
Sofia Ferreira
Realizadora//Fotógrafa//Performer
Sofia Ferreira explora a fotografia e o vídeo em livros, instalações e filmes.
Nasce na cidade de Lisboa em 1980. No Centro Em Movimento, em 1999, inicia a pesquisa em dança contemporânea e improvisação. Destaca o workshop de Contacto com Didier Silhol. Conclui fotografia, em 2004, no Ar.Co, Centro de Arte e Comunicação Visual. Em Londres, na University
of Westminster, especializa-se em transmedia e vídeo-arte. O tema central do seu trabalho incide na ligação entre o espaço/tempo e a memória. Colabora regulamente com organizações culturais, instituições governamentais e expõe em Lisboa e em Londres. É doutoranda em Artes
Performativas e Imagem em Movimento na Universidade de Lisboa e investigadora no Royal College of Art.