FRAME Ana Renata Polonia | fabricademovimentos

Ana Renata Polónia nasceu no Porto (onde reside) em 1985, sendo natural de Ovar. Na sua formação, desde cedo procurou explorar diversas áreas artísticas: praticou dança na Escola de Bailado do Orfeão de Ovar a partir dos 5 anos, por um período que se estendeu ao longo de 21 anos, com participação em inúmeras coreografias e espectáculos; recebeu formação musical em piano pela Academia de Artes Maria Amélia Dias Simões durante 7 anos; colaborou com a associação de teatro de marionetas AATMO; praticou ainda natação sincronizada e no percurso escolar enveredou pela área artística. Concluiu o Mestrado Integrado na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, tendo sido bolseira do programa Erasmus por um ano, ao longo do qual viveu em Ferrara (Itália), período em que ingressa a Compagnia Ballaró. Como tema da sua Dissertação de Mestrado (três Danças para um Arquitecto) explorou a relação entre a dança contemporânea e o espaço, através da análise de vídeos de dança dos anos 90. Foi estagiária nos ateliers de Álvaro Leite Siza Vieira, Luís Pedro Silva e Virgínio Moutinho onde, actualmente, trabalha como arquitecta. Em 2011, colaborou na elaboração de uma aula aberta sobre Dança e Arquitectura, com Teresa Vaz e Né Barros, no âmbito de Projecto IV (projectar uma escola de dança) na FAUP. Colabora ainda, pontualmente, a nível coreográfico com a Escola de Dança Contemporânea do Orfeão de Ovar, e frequenta aulas de Dança Contemporânea regularmente, no Balleteatro do Porto. A título pessoal procura participar em projectos ambivalentes, que lhe permitam conciliar diferentes campos artísticos. Em 2012 inicia a criação na área da vídeo-‐dança, com o trabalho A Dimensão Oculta de Renata Polónia (curta-‐metragem criada no contexto do Workshop de Vídeo-‐Dança O Corpo na Cidade, evento integrante da Maratona de Dança 2012 co-‐ produzida pela Ventos e Tempestades – Associação Cultural e o Teatro Municipal de Vila do Conde), participando nos festivais MAP/P Mostra de Processos, FRAME research e InShadow’12, onde recebe o prémio Vo'Arte para Melhor Filme Português. Foi ainda artista residente na Fábrica de Movimentos, como intérprete da criação de Alice Gonçalves, Apocalipse, seleccionada para a Mostra de Jovens Criadores 2012. Desde o início de 2013, tem desenvolvido o projecto de vídeo Êxodo, em colaboração com Teresa Santos, sobre a obra de reconstrução de uma habitação familiar em Arnas – Sernancelhe.

Teresa Santos [1985] é natural de Vila do Conde. Inicia aos 5 anos a sua formação em dança clássica. Em 2007 conclui a Licenciatura em Dança -‐ Ramo de Educação, pela Escola Superior de Dança [Lisboa]. É co-‐fundadora da Ventos e Tempestades -‐ Associação Cultural e criadora/intérprete da Companhia Ao Vento desde a sua formação em 2009, sendo a criação mais recente Limites. Em 2010 integra o Arsenale della Danza, programa de formação em dança contemporânea da Bienal de Veneza, contactando com coreógrafos como Kenji Takagi, Iñaki Azpillaga e Yasmeen Godder, entre outros. No mesmo contexto, interpreta Oxygen de Ismael Ivo, com estreia no 7º Festival Internacional de Dança Contemporânea de Veneza. Em 2011 interpreta entre todas as coisas de Teresa Prima, no Festival GUIdance no CCVF [Guimarães]. Ainda no mesmo ano é intérprete da Companhia Instável nos dois projectos de Pedro Carvalho, 30por1linha e O Homem que só pensava em números, com estreia no Teatro do Campo Alegre [Porto]. Organiza e frequenta workshops de butô com Jean Daniel Fricker e Celine Angele desde 2010 até à actualidade, participando nas performances Femme(s) [Porto] e Solitudes [Paris].

Desenvolve trabalho na área do vídeo desde 2010. Em 2011 nasce da colaboração com Dídac Gilabert a plataforma vintiset.net, produtora da curta 20 x 3 = zero, 2ª classificada no Video Run da 20ª Edição do Curtas Festival Internacional de Cinema e seleccionada para a 7ª Edição do Concurso de Vídeo da Fundação Inatel. Realiza vídeos dos projectos da Ventos e Tempestades -‐ Associação Cultural. Colabora ainda com Ana Renata Polónia em A Dimensão Oculta de Renata Polónia, curta criada no contexto do Workshop de Vídeo Dança O Corpo na Cidade, evento integrante da Maratona de Dança 2012 co-‐produzida pela Ventos e Tempestades – Associação Cultural e o Teatro Municipal de Vila do Conde. Esta curta foi apresentada no mesmo ano na Mostra de Vídeo dança do FRAME research e no MAP/P Mostra de Processos, ambos da Fábrica de Movimentos, e ainda no Festival InShadow [prémio Vo’Arte para Melhor Filme Português].

Ana Renata Polónia (PT) & Teresa Santos (PT)

Ficha Técnica:

Título: Êxodo

Duração: 11:12min

Concepção e Realização: Ana Renata Polónia e Teresa Santos

Interpretação: Ana Renata Polónia

Imagem: Teresa Santos

Som: Dídac Gilabert

Arnas, 2013

Êxodo

SINOPSE

Um dia acordamos, abrimos a porta, o que resta? Um pedaço de parede, o resto de uma casa, de um momento. Uma recordação.O que não ruiu e nos ultrapassa no tempo.Procuramos recuperar esse passado. Será possível?Procuramos âncoras, que impeçam afundar-se no esquecimento. Para onde fugiram? Para onde escapou toda uma vida?

Uma montanha e uma casa. Uma proposta e um refúgio. Um desejo de espacar e uma herança que a impede. Doi corpos em constante mutação, hesitantes sobre a dircção a tomar. Dicotomias de um corpo aprisionado pelas suas recordações. Resta-lhe o desfrutar de um espaço que se desmorona lentamente, transformando-se para sempre noutro lugar. Partir ou ficar?

MEMÓRIA DESCRITIVA

A proposta que se apresenta visa expor a curta-metragem Êxodo, resultante do processo de acompanhamento da reconstrução de uma habitação familiar desabitada, no interior de Portugal.

Em consequência de uma exploração constante da relação entre o movimento e espaço através do vídeo, presente em trabalhos anteriores, surgiu a oportunidade de acompanhar a obra de transformação de uma casa, pela sua reabilitação.

Numa primeira aproximação ao lugar evidênciou-se a memória de um passado distante, deixado por aqueles que o habitaram, nas marcas do seu abandono. Esta carga simbólica deu impulso à reflexão sobre o êxodo rudal, fenómeno visível em toda a aldeia onde reside esta casa, enfatizado pela distãncia que a separa de uma citadina contemporânea. Ao mesmo tempo, os trabalhos de demolição iniciaram um processo de transformação espacial que suscitou a experiência do movimento, aliado à construção de uma personagem que reflectisse todo este ideal.

A continuação das filmagens e experiências clarificou a distinção das diferentes fases da obra - demolição/ construção, antigo / novo - o que nos levou a iniciar a edição de algum material para uma primeira fase, mais ligada a esse momento de uma certa destruição de um passado.

Assim, surge este Êxodo, como uma pausa para observação do material recolhido e exploração da sua edição.

Da mostra deste resultado, espera-se a clarificação sobre a qual será o próximo momento, e qual poderá ser o resultado final de todo este processo.

Ana Renata Polónia

nasceu no Porto (onde reside) em 1985, sendo natural de Ovar. Na sua formação, desde cedo procurou explorar diversas áreas artísticas: praticou dança na Escola de Bailado do Orfeão de Ovar a partir dos 5 anos, por um período que se estendeu ao longo de 21 anos, com participação em inúmeras coreografias e espectaculos; recebeu formação musical em piana pela Academia Artes Maria Amélia Dias Simões durante 7 anos; colaborou com a associação de teatro de marionetas AATMO; praticou ainda natação sincronizada e no percurso escolar enverdou pela área artística. Concluiu o Mestrado Integrado na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, tendo sido bolseira do programa Erasmus por um ano, ao lonfo do qual viveu em Ferrara (Itália), período em que ingressa a Campagnia Ballaró. Com tema da sua dissertação de Mestrado (três Danças para um Arquitecto) explorou a relação entre a dança contemporânea e o espaço, através da análise de vídeos de dança dos anos 90. Foi estagiária nos ateliers de Álvaro Leite Siza Vieira, Luís Pedro Silva e Virgínio Moutinho onde, actualmente, trabalha como arquitecta. Em 2011 colaborou na elaboração de uma aula aberta sobre Dança e Arquitectura, com Teresa Vaz e Né Barros, no âmbito de Projeto IV (projectar uma escola de dança) na FAUP. Colabora ainda, pontualmente, a nível coreográfico com a Escola de Dança Contemporânea do Orfeão de Ovar, e frequenta aulas de Dança Contemporânea regularmente no Ballet teatro do Porto. A título pessoal procura participar em projectos ambivalentes, que lhe permitam conciliar diferentes campos artísticos. Em 2012 inicia a ciração na área da vídeo-dança, com o trabalho A Dimensão Oculta de Renata Polónia (curta-metragem criada no contexto do Workshop de Vídeo-Dança O Corpo na Cidade, evento integrante da Maratona de Dança 2012 co-produzida pela Ventos e Tempestades - Associação Cultural e o Teatro Municipal de Vila do Conde), participando nos festivais MAP/P Mostra de Processos, FRAME research e InShadow’12, onde recebe o prémio Vo’Arte para o melhor filme português. Foi ainda artista residênte na Fábrica de Movimentos, como intérprete da criação de Alice Gonçalves, Apocalipse, selecionada para a Mostra desenvolvido o projeto de vídeo Êxodo, em colaboração com Teresa Santos, sobre a obra de reconstrução de uma habitação familiar em Arnas - Sernancelhe.

Teresa Santos [1985]

é natural de Vila do Conde. Inicia aos 5 anos a sua formação em dança clássica. Em 2007 conclui a licenciatura em Dança - Ramo de Educação, pela Escola Superior de Dança (Lisboa). É co-fundadora da Ventos e Tempestades- Associação Cultural e criadora/intérprete da Companhia Ao Vento desde a sua formação em 2009, sendo a criação mais recente Limites. Em 2010 integra o Arsenale della Danza, programa de formação de dança contemporânea da Bienal de Veneza, contactando com coreógrafos como Kenji Takagi, Iñaki Aspillaga e Yasmeen Godder, entre outro. No mesmo contexto, interpreta Oxygen de Ismael Ivo, com estreia no 7ºFestival Internacional de Dança Contemporânea de Veneza. Em 2011 interpreta entre todas as coisas de Teresa Prima, no Festival de GUIdance no CCVF (Guimarães). Ainda no mesmo ano é interprete da Companhia Instável nos dois projectos de Pedro Carvalho, 30por1linha e O Homem que só pensava em números, com estreia no Teatro do Campo Alegre (Porto). Organiza e frequenta workshops de butô com Jean Daniel Ficker e Celine Angele desde 2010 até à actualidade, participando nas performances Femme(s) (Porto) e Solitudes (Paris).

Desenvolve trabalho na área do vídeo desde 2010. Em 2011 nasce da colaboração com Didac Gilabert a plantaforma vintiset.net, produtora da curta 20 x 3 = zero , 2º classificada no video Run da 20ºedição do Curtas Festival Internacional de Cinema e selecionada para a 7ºEdição do Concurso de Vídeo da Fundação Inatel. Realiza vídeos dos projetos da Ventos e Tempestades - Associação Cultural. Colabora ainda com Ana Renata Polónia em A Dimensão Oculta de Renata Polónia, curta-metragem criada no contexto do Workshop de Vídeo-Dança O Corpo na Cidade, evento integrante da Maratona de Dança 2012 co-produzida pela Ventos e Tempestades - Associação Cultural e o Teatro Municipal de Vila do Conde. Esta curta foi apresentada no mesmo ano na Mostra de Vídeo dança do FRAME research e no MAP/P Mostra de Processos, ambos da Fábrica de Movimentos e ainda no Festival InShadow (prémio Vo’Arte para melhor filme português).