O cruzamento entre diferentes áreas artísticas há muito que é uma realidade, bem como a colaboração entre a arte e a tecnologia. De algumas décadas até nossos dias, o desenvolvimento meteórico da tecnologia, permitiu que vários artistas procurassem usar as ferramentas à sua disposição para criar novos paradigmas ou ainda, novas perspetivas do uso da própria tecnologia. Ainda mais no que diz respeito ao trabalho com as imagens, onde o apelo visual é primordial na difusão da arte.

 

A relação entre a imagem e o movimento não é recente. Desde há muito que essas duas áreas cruzam-se em obras, ensaios, experimentos e outros objetos onde se seduzem mutuamente e conseguem atingir um tal nível de entrosamento que criaram um objeto à parte: o vídeo dança. Uma obra híbrida que só existe a partir da interação de linguagens: vídeo e dança.

 

A proposta de programação do FRAME research deste ano implicou uma mudança de paradigma: ao invés de procurar mostrar um grande número de obras, ocupar-se-á de mostrar um conjunto relativamente menor de obras que mostrem as diversas abordagens do vídeo dança. Essas obras estarão a ser mostradas em loop em diversos espaços dentro do Museu Soares dos Reis e no Auditório do Edifíco AXA (1º andar).

 

Da mesma forma, apresentará uma primeira edição do projeto de intercâmbio O corpo e a cidade. Este projeto em colaboração com o Festival Jumping Frames (China), propõe que um diretor chinês venha ao Porto trabalhar com artistas portugueses e tendo a cidade como paisagem para a criação de um vídeo: em setembro deste ano, o diretor chinês Mike Lee esteve a filmar no Porto com a participação de Alice Joana Gonçalves (coreógrafa e intérprete) e Tiago Candal (músico). Da mesma forma, em 2014, Teresa Santos e Didac Gilabert irão a Macau trabalhar com artistas chineses para a criação de um vídeo dança, que será mostrado em ambos os festivais em 2014.

 

Também pela primeira vez, FRAME research estabelece uma colaboração com o projeto espanhol UN FOLD, sob a curadoria de Cristina Ghetty. Um projeto de exposição que mostra obras de diversos artistas de diferentes proveniências. A característica deste projeto é a portabilidade e facilidade de exposição das obras. Serão integrados na mostra até artistas portugueses.

 

FRAME research continua a mostrar obras que exploram essa intersecção criativa, mostrando novos caminhos e propostas, bem como perspetivas de trabalho criativo para videastas e coreógrafos. Apesar da falta de apoios, este evento mantém-se graças às diversas colaborações estabelecidas entre vários parceiros: Museu Nacional Soares dos Reis, Edifício AXA e Produtora de Risco.

 

 

 

FRAME research/Fábrica de Movimentos também faz parte da rede EDVH European Vídeo Heritage, que tem como principal eixo, a pesquisa e disponibilização ao público de arquivos de instituições ligadas ao vídeo e à dança, bem como elaborar propostas de tornar público essa informação sobre o vídeo dança produzido na Europa. Participam desta rede Maison de la Danse (FR) / Fundació Alicia Alonso (SP) / Fábrica de Movimentos (PT) / Voarte (PT) / International Centre for Music and Media IMZ – (AU) / ITI, International Institute of Theatre  (DE) / Polish Dance and Music Institute (PL) / Mercat de les Flors (SP) / Loikka Dance Film Festival (FIN)

 

 

Curadoria e produção

Alberto Magno

 

Assistência de produção

Solange Moreira

 

Colaboração

Museu Nacional Soares dos Reis (PT)

Edifíco AXA (PT)

Cristina Ghetti (UN FOLD Project) (SP)

EDVH European Dance Vídeo Heritage

Produtora de Risco (PT)

Point of View Cultural Association / Jumping Frames Festival (China)

 

 

 

 

 

 

 

A exibição do FRAME research no Museu Soares dos Reis segue os horários normais de funcionamento do museu.

A exibição do FRAME research no Edifício AXA ficará aberta ao público do dia 19.11 (a partir das 19hrs) e nos dias seguintes (até 24.11), das 14hs às 22hs